Há algum tempo publiquei um texto sobre a nova realidade do Home Office. Como o assunto é inesgotável, aqui vai o segundo de uma série que pode ser bem grande.
A mudança irreversível para o home Office traz embutida uma questão na qual pouca gente prestou atenção até agora; você não vai mais ao trabalho, o trabalho invadiu sua casa. E toda aquela organização que você tinha no seu trabalho, terá que ter em casa. E aí é que o bicho pega.
Pode ser mera má vontade minha, mas vejo uma característica em muitos pais da atual geração que sempre me preocupou; é a história do “eu me mato trabalhando prá dar tudo para os meus filhos”. A frase é até interessante mas, muitas vezes, significa; “eu me mato no trabalho prá ganhar dinheiro suficiente para pagar escola, inglês, judô, fonoaudióloga, enfim tudo para não ter que educar meus filhos”. Porque educar significa, muitas vezes, confrontar, enfrentar o conflito. E isto eu não quero fazer em casa, porque chego morto de cansado.
Posso estar até sendo injusto, e peço, desde já, desculpas por isto. Mas o que mais vejo hoje são pais que se cedem totalmente a qualquer pressão dos pequenos ditadores. E preferem brigar com os professores do que ter que explicar para os filhotes que eles estão errados. O resultado final disto é uma sociedade mal educada, grosseira, e incapaz de negociar.
É claro que tudo isto foi colocado de forma propositalmente simplificada, mas não deixa de ser verdadeiro. Citando o velho e bom Raul Seixas, se alguém me provar que estou mentindo, eu tiro o meu chapéu.
Só que agora... papai, mamãe e filhotes vão ter que aprender a conviver. Porque a casa virou escritório e sala de aula, e todo mundo vai ter que ter seu momento de privacidade. Mais; horários de refeições e até o uso de banheiros terão que ser negociados. Tudo aquilo que papai e mamãe viram em cursos de relações humanas, mas nunca ligaram muito, terá que ser exercido dentro de casa. Com stakeholders implacáveis.
O que vai sair disto? Otimista que sou, acredito que teremos mais diálogo, otimização do trabalho e, principalmente, melhor formação de cidadãos, dentro e fora de casa. Mas vai ser complicado...
sábado, 16 de maio de 2020
sexta-feira, 8 de maio de 2020
Ideias para o pós-pandemia - parte 1
Independente do que aconteça com o Presidente da República (impeachment ou seja o que for), o Brasil sairá da pandemia arrasado financeiramente e dividido politicamente. E, acima de tudo, precisando de projetos urgentes para reativar a economia,
Abro aqui um debate sobre o assunto, colocando, desde já, alguns projetos e mudanças que, na minha visão, podem ser bem interessantes.
O primeiro seria o da legalização dos cassinos e jogos.
Parece incrível, mas dos 193 países membros da ONU, apenas 37 proibem jogos de azar. E o Brasil é um deles. Na América Latina são apenas dois; Brasil e Cuba (sem comentários). A lei é de 1946, assinada pelo então Presidente Eurico Gaspar Dutra. Diz a lenda que por pressão da primeira dama, Dona Carmela Dutra que, por sua religiosidade fervorosa, era chamada “Dona Santinha”. A proibição encerrou as atividades de pelo menos dois locais famosos no Brasil todo; o Cassino da Urca e o Quitandinha, em Petrópolis.
Boa parte do potencial turístico do Brasil é desperdiçado pela proibição aos cassinos. A paixão pelo jogo move milhões de pessoas no mundo todo. É claro que existem os viciados, que destroem seu patrimônio em uma noitada, mas esta pequena parcela também existe com relação ao álcool, por exemplo. E, até onde sei, ninguém está pensando em fechar nossas fábricas de cerveja ou vinícolas.
Há estimativas de que o jogo poderia movimentar algo entre 10 e 20 bilhões de dólares anuais no Brasil, e gerar cerca de 100 mil empregos diretos. Antes que alguém questione estes números, vale dizer que a Meca universal do jogo, a cidade de Las Vegas, sozinha, recebeu 29,8 bilhões de dólares de turistas estrangeiros em 2018. E já que falamos em Meca, até mesmo entre os ultra-conservadores países muçulmanos há os que têm jogo legalizado.
Só precisa uma canetada. E pode funcionar muito bem.
No próximo artigo, traremos uma nova idéia. Até lá!
Abro aqui um debate sobre o assunto, colocando, desde já, alguns projetos e mudanças que, na minha visão, podem ser bem interessantes.
O primeiro seria o da legalização dos cassinos e jogos.
Parece incrível, mas dos 193 países membros da ONU, apenas 37 proibem jogos de azar. E o Brasil é um deles. Na América Latina são apenas dois; Brasil e Cuba (sem comentários). A lei é de 1946, assinada pelo então Presidente Eurico Gaspar Dutra. Diz a lenda que por pressão da primeira dama, Dona Carmela Dutra que, por sua religiosidade fervorosa, era chamada “Dona Santinha”. A proibição encerrou as atividades de pelo menos dois locais famosos no Brasil todo; o Cassino da Urca e o Quitandinha, em Petrópolis.
Boa parte do potencial turístico do Brasil é desperdiçado pela proibição aos cassinos. A paixão pelo jogo move milhões de pessoas no mundo todo. É claro que existem os viciados, que destroem seu patrimônio em uma noitada, mas esta pequena parcela também existe com relação ao álcool, por exemplo. E, até onde sei, ninguém está pensando em fechar nossas fábricas de cerveja ou vinícolas.
Há estimativas de que o jogo poderia movimentar algo entre 10 e 20 bilhões de dólares anuais no Brasil, e gerar cerca de 100 mil empregos diretos. Antes que alguém questione estes números, vale dizer que a Meca universal do jogo, a cidade de Las Vegas, sozinha, recebeu 29,8 bilhões de dólares de turistas estrangeiros em 2018. E já que falamos em Meca, até mesmo entre os ultra-conservadores países muçulmanos há os que têm jogo legalizado.
Só precisa uma canetada. E pode funcionar muito bem.
No próximo artigo, traremos uma nova idéia. Até lá!
terça-feira, 28 de abril de 2020
Previsão para o pós-apocalipse - parte I
Sábado, 18/04, 15 horas. Estou fazendo uma palestra para mais de setenta pessoas, sentado na sala da casa do meu genro, em Niterói, usando bermuda e chinelos. A cinco metros de mim, meu neto Caetano, de dois meses, no colo da vovó, observa admirado o vovô falando sozinho.
Sim, são os tempos de “isolamento social”, que um dia talvez eu consiga explicar para ele. Grandes crises, grandes oportunidades, grandes mudanças.
O melhor efeito da pandemia foi mostrar que uma nova maneira de trabalho é possível; a tecnologia já existia há algum tempo, faltava um empurrão. E a melhor notícia de todas foi que esta nova maneira de trabalho pode diminuir significativamente a emissão de gases do efeito estufa. E esta é uma oportunidade que não pode ser perdida.
Resumindo, o home office se firma como a nova realidade do planeta. É claro que alguns ajustes serão necessários, mas o fato é que nada será como antes. E, como em toda a crise, quem souber se adaptar mais rápido vai levar vantagem.
O ponto mais importante é que não teremos mais o “portal” entre trabalho e casa. Para quem não entendeu, isto vai exigir uma verdadeira revolução comportamental. Você não vai mais ao trabalho; o trabalho veio até você, portanto é preciso estar pronto para ele. A família agora está ao seu lado nas suas reuniões, portanto serão necessárias negociações com filhos e cônjuges, uma vez que o espaço de moradia e de trabalho serão os mesmos. A oportunidade de almoçar a comidinha de casa é bem interessante, mas dá trabalho. O tempo que se perdia no trânsito pode ser usado para tarefas domésticas, mas a divisão terá que ser muito bem estudada. Arrisco a previsão que o nicho de trabalhadores para o lar será bem aquecido. Talvez as famílias também procurem casas maiores.
O certo é que não haverá mais espaço para aquelas pessoas que mudavam de personalidade quando cruzavam o portal; escroto em casa, arrumadinho no trabalho. A frase “você pensa que está em casa?”, que ouvi tantas vezes quando alguém falava ou fazia alguma coisa desagradável no ambiente de trabalho, não faz mais sentido; o cara vai estar em casa, mesmo.
Enfim, há muito que pensar neste tema. Prometo um segundo (e talvez um terceiro) artigo.
Citando o poeta Lulu Santos, eu vejo um novo começo de era...
Sim, são os tempos de “isolamento social”, que um dia talvez eu consiga explicar para ele. Grandes crises, grandes oportunidades, grandes mudanças.
O melhor efeito da pandemia foi mostrar que uma nova maneira de trabalho é possível; a tecnologia já existia há algum tempo, faltava um empurrão. E a melhor notícia de todas foi que esta nova maneira de trabalho pode diminuir significativamente a emissão de gases do efeito estufa. E esta é uma oportunidade que não pode ser perdida.
Resumindo, o home office se firma como a nova realidade do planeta. É claro que alguns ajustes serão necessários, mas o fato é que nada será como antes. E, como em toda a crise, quem souber se adaptar mais rápido vai levar vantagem.
O ponto mais importante é que não teremos mais o “portal” entre trabalho e casa. Para quem não entendeu, isto vai exigir uma verdadeira revolução comportamental. Você não vai mais ao trabalho; o trabalho veio até você, portanto é preciso estar pronto para ele. A família agora está ao seu lado nas suas reuniões, portanto serão necessárias negociações com filhos e cônjuges, uma vez que o espaço de moradia e de trabalho serão os mesmos. A oportunidade de almoçar a comidinha de casa é bem interessante, mas dá trabalho. O tempo que se perdia no trânsito pode ser usado para tarefas domésticas, mas a divisão terá que ser muito bem estudada. Arrisco a previsão que o nicho de trabalhadores para o lar será bem aquecido. Talvez as famílias também procurem casas maiores.
O certo é que não haverá mais espaço para aquelas pessoas que mudavam de personalidade quando cruzavam o portal; escroto em casa, arrumadinho no trabalho. A frase “você pensa que está em casa?”, que ouvi tantas vezes quando alguém falava ou fazia alguma coisa desagradável no ambiente de trabalho, não faz mais sentido; o cara vai estar em casa, mesmo.
Enfim, há muito que pensar neste tema. Prometo um segundo (e talvez um terceiro) artigo.
Citando o poeta Lulu Santos, eu vejo um novo começo de era...
quinta-feira, 19 de março de 2020
Porque a gente tem tanta dificuldade de aprender?
Confúcio disse que há três maneiras de aprender; pela observação, pela reflexão e pelo sofrimento. E acrescentou que esta última pode levar à morte, antes do aprendizado.
A pandemia do coronavirus pode ser um bom momento de observação, reflexão e aprendizado.
É interessante ver que países como Coreia do Sul e Singapura tiveram sucesso no combate à pandemia não apenas por força de medidas logísticas, mas principalmente porque são povos disciplinados.
O conceito mais amplo de disciplina significa algo totalmente diferente de obediência cega; é o momento em que a pessoa entende que os outros têm os mesmos direitos que ela, portanto a atitude correta é fazer o que é melhor para todos. No caso da epidemia, é fazer o possível para que o sofrimento do grupo seja o menor possível. Simples assim.
No Brasil, o maior problema sempre foi este; não existe empatia, o brasileiro faz questão de dizer que o brasileiro não presta. Mesmo agora, num momento em que todos estamos sob ameaça e deveríamos nos unir, vejo gente torcendo para que o vírus contamine e mate todos os eleitores do adversário.
Será que nem o sofrimento é capaz de nos ensinar alguma coisa?
Pensem nisso...
A pandemia do coronavirus pode ser um bom momento de observação, reflexão e aprendizado.
É interessante ver que países como Coreia do Sul e Singapura tiveram sucesso no combate à pandemia não apenas por força de medidas logísticas, mas principalmente porque são povos disciplinados.
O conceito mais amplo de disciplina significa algo totalmente diferente de obediência cega; é o momento em que a pessoa entende que os outros têm os mesmos direitos que ela, portanto a atitude correta é fazer o que é melhor para todos. No caso da epidemia, é fazer o possível para que o sofrimento do grupo seja o menor possível. Simples assim.
No Brasil, o maior problema sempre foi este; não existe empatia, o brasileiro faz questão de dizer que o brasileiro não presta. Mesmo agora, num momento em que todos estamos sob ameaça e deveríamos nos unir, vejo gente torcendo para que o vírus contamine e mate todos os eleitores do adversário.
Será que nem o sofrimento é capaz de nos ensinar alguma coisa?
Pensem nisso...
domingo, 19 de janeiro de 2020
A terra dos bananas “ixpertos” – uma paródia da Bíblia
A Terra é redonda, embora alguns contestem, e seu diâmetro separa dois povos bem diferentes; os do Sol Nascente e os da Terra de Bananas.
Para testá-los, Deus mandou uma desgraça para cada um.
Para os do Sol Nascente veio um terremoto.
Tudo ficou escasso, até a água potável. Eles (que se tratavam como “cidadãos”) dialogaram, e dividiram com sabedoria a pouca água existente. Em pouco tempo a situação se estabilizou, todos ficaram contentes, e viu Deus que isto era bom.
Para o pessoal de Bananas, veio apenas um turvamento estranho na água da cidade.
Os Bananas (que se autodenominavam “ixpertos”) triplicaram o preço da água mineral, e cada um tentou agarrar tudo o que podia, de preferência para revender e arrancar dinheiro dos outros (denominados “otários”).
E aí Deus pensou em castigá-los, mas viu que era perda de tempo, porque eles só adoravam Mitos de nomes estranhos (como Lula e Bolsonaro, por exemplo), mas eram incapazes de ter amor pelo próximo.
E cada um seguiu o destino que escolheu...
Para testá-los, Deus mandou uma desgraça para cada um.
Para os do Sol Nascente veio um terremoto.
Tudo ficou escasso, até a água potável. Eles (que se tratavam como “cidadãos”) dialogaram, e dividiram com sabedoria a pouca água existente. Em pouco tempo a situação se estabilizou, todos ficaram contentes, e viu Deus que isto era bom.
Para o pessoal de Bananas, veio apenas um turvamento estranho na água da cidade.
Os Bananas (que se autodenominavam “ixpertos”) triplicaram o preço da água mineral, e cada um tentou agarrar tudo o que podia, de preferência para revender e arrancar dinheiro dos outros (denominados “otários”).
E aí Deus pensou em castigá-los, mas viu que era perda de tempo, porque eles só adoravam Mitos de nomes estranhos (como Lula e Bolsonaro, por exemplo), mas eram incapazes de ter amor pelo próximo.
E cada um seguiu o destino que escolheu...
quinta-feira, 24 de outubro de 2019
O futebol e suas lições. De novo
Tentando juntar os cacos do meu coração gremista despedaçado pelos 5x0, consigo ver um aspecto interessante no jogo de ontem que pode servir como norte para o nosso comportamento.
O Flamengo do “Mister Jesus” sem dúvida criou um novo “benchmarking” para o futebol de clubes do Brasil, com um estilo que une eficiência e encantamento. E é muito bom que isto aconteça, porque obriga os outros a melhorar. Assim caminha a humanidade.
Só que, fora do aspecto técnico, o que me impressionou ontem foi a seriedade com que os seus jogadores levaram o jogo até o fim, mesmo já estando pra lá de decidido. Não houve tentativas de humilhação, infelizmente tão próprias do brasileiro, como firulas e dribles desnecessários. Especulo que seja fruto da cultura européia do treinador e de alguns jogadores mais rodados, e que foi assimilado por todos. Em resposta, o time do Grêmio também não apelou e tentou jogar bola até o fim, buscando um golzinho de honra que, infelizmente, não saiu. O resultado foi um raro espetáculo de dignidade e respeito. Como deve ser o futebol. Como deve ser a vida.
Enfim, a noite triste para nós gremistas, deixa como saldo positivo uma demonstração prática de que podemos deixar de lado o nosso comportamento Neandertal, não só no futebol como em tudo o mais. E para quem acredita em encontros cósmicos, vale lembrar que ontem, 23/10, é a data de nascimento de um cara que foi decisivo para mudar o patamar histórico do futebol brasileiro, o Rei Pelé.
Que tenhamos grandeza e sabedoria para interpretar os sinais.
O Flamengo do “Mister Jesus” sem dúvida criou um novo “benchmarking” para o futebol de clubes do Brasil, com um estilo que une eficiência e encantamento. E é muito bom que isto aconteça, porque obriga os outros a melhorar. Assim caminha a humanidade.
Só que, fora do aspecto técnico, o que me impressionou ontem foi a seriedade com que os seus jogadores levaram o jogo até o fim, mesmo já estando pra lá de decidido. Não houve tentativas de humilhação, infelizmente tão próprias do brasileiro, como firulas e dribles desnecessários. Especulo que seja fruto da cultura européia do treinador e de alguns jogadores mais rodados, e que foi assimilado por todos. Em resposta, o time do Grêmio também não apelou e tentou jogar bola até o fim, buscando um golzinho de honra que, infelizmente, não saiu. O resultado foi um raro espetáculo de dignidade e respeito. Como deve ser o futebol. Como deve ser a vida.
Enfim, a noite triste para nós gremistas, deixa como saldo positivo uma demonstração prática de que podemos deixar de lado o nosso comportamento Neandertal, não só no futebol como em tudo o mais. E para quem acredita em encontros cósmicos, vale lembrar que ontem, 23/10, é a data de nascimento de um cara que foi decisivo para mudar o patamar histórico do futebol brasileiro, o Rei Pelé.
Que tenhamos grandeza e sabedoria para interpretar os sinais.
segunda-feira, 30 de setembro de 2019
Inteligência artificial e espiritualidade; isto faz algum sentido?
Não e novidade para ninguém que vivemos um momento de transformações radicais, como nunca antes aconteceu na história da espécie humana.
Disrupção, mundo VUCA e outras expressões do gênero são utilizadas para tentar dar algum sentido para uma era em que a mudança é quase diária e as “verdades eternas” podem durar menos de um ano. A grande verdade é que estamos todos estupefatos e é difícil tentar entender o presente e mais difícil ainda fazer previsões de futuro.
Nestas horas a experiência me ensinou que é bom buscar os textos atemporais. Por casualidade hoje reli a bela carta de São Paulo aos Coríntios. E um trecho chamou-me particularmente a atenção; “Há dons de profetizar, mas eles desaparecerão (,,,) Há o conhecimento, mas ele desaparecerá (...) Agora, meu conhecimento é incompleto. Mas quando aquele tempo vier, conhecerei completamente, assim como sou conhecido por Deus”.
Antes que alguém pense que eu esclerosei de vez, peço licença para interpretar o texto. Talvez o mais importante seja a visão de que o conhecimento, pelo menos da forma como o entendemos, está próximo do fim. Ou seja, o processo que substituiu gradativamente a força humana pelas máquinas, iniciado lá na Revolução Industrial, agora atinge o seu momento máximo, quando o próprio “conhecimento” humano é substituído pela IA. E qual o papel do ser humano, neste momento? O de ser perfeito, à imagem e semelhança do Criador.
O que quero dizer é que o mundo da concorrência assassina, do “tudo por dinheiro”, está acabando. E uma boa dica sobre como isto vai acabar está sendo dada por algumas empresas de ponta no mundo. Que não enxergam mais o funcionário como uma máquina de produzir, que não vêem mais o concorrente como um verme a ser eliminado, que começam a pensar e por em prática sugestões alternativas para o público.
Um exemplo interessante é a nova definição da Microsoft para a sua missão; “Empoderar cada indivíduo e cada organização no planeta para que consiga mais”. Alguns podem entender que esta definição é muito vaga mas, para mim, está muito claro que a ideia é romper com todo e qualquer tipo de fronteira e/ou preconceito; que todo mundo atinja o seu melhor, seja quem for. Inclusive nossos possíveis concorrentes.
O assunto é longo, mas o fato é que é notório que cada vez mais se fala na importância das “soft skills”, das qualidades de relacionamento e comprometimento com a comunidade e o planeta como itens importantes para o profissional do futuro. Com um pouquinho de ousadia, eu chamaria isto de “profissional espiritualizado”, consciente de sua missão divina no planeta. Mesmo que ele seja ateu, é claro, quando eu falo em todo mundo é todo mundo mesmo.
É claro que, em paralelo com isto, temos um aprofundamento do comportamento Neandertal nas redes sociais, no ódio e no sectarismo, mas isto também faz parte do pacote; afinal, é chegada a hora de separar o joio do trigo. Quem passa o tempo todo espalhando seu mau humor e sua raiva contra os semelhantes, além de se tornar muito desagradável, vai ter também suas oportunidades de trabalho muito reduzidas.
Citando o grande Lulu Santos, eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade prá dizer mais sim do que não... Tenho certeza que São Paulo concordaria com ele.
Quem viver, verá.
Disrupção, mundo VUCA e outras expressões do gênero são utilizadas para tentar dar algum sentido para uma era em que a mudança é quase diária e as “verdades eternas” podem durar menos de um ano. A grande verdade é que estamos todos estupefatos e é difícil tentar entender o presente e mais difícil ainda fazer previsões de futuro.
Nestas horas a experiência me ensinou que é bom buscar os textos atemporais. Por casualidade hoje reli a bela carta de São Paulo aos Coríntios. E um trecho chamou-me particularmente a atenção; “Há dons de profetizar, mas eles desaparecerão (,,,) Há o conhecimento, mas ele desaparecerá (...) Agora, meu conhecimento é incompleto. Mas quando aquele tempo vier, conhecerei completamente, assim como sou conhecido por Deus”.
Antes que alguém pense que eu esclerosei de vez, peço licença para interpretar o texto. Talvez o mais importante seja a visão de que o conhecimento, pelo menos da forma como o entendemos, está próximo do fim. Ou seja, o processo que substituiu gradativamente a força humana pelas máquinas, iniciado lá na Revolução Industrial, agora atinge o seu momento máximo, quando o próprio “conhecimento” humano é substituído pela IA. E qual o papel do ser humano, neste momento? O de ser perfeito, à imagem e semelhança do Criador.
O que quero dizer é que o mundo da concorrência assassina, do “tudo por dinheiro”, está acabando. E uma boa dica sobre como isto vai acabar está sendo dada por algumas empresas de ponta no mundo. Que não enxergam mais o funcionário como uma máquina de produzir, que não vêem mais o concorrente como um verme a ser eliminado, que começam a pensar e por em prática sugestões alternativas para o público.
Um exemplo interessante é a nova definição da Microsoft para a sua missão; “Empoderar cada indivíduo e cada organização no planeta para que consiga mais”. Alguns podem entender que esta definição é muito vaga mas, para mim, está muito claro que a ideia é romper com todo e qualquer tipo de fronteira e/ou preconceito; que todo mundo atinja o seu melhor, seja quem for. Inclusive nossos possíveis concorrentes.
O assunto é longo, mas o fato é que é notório que cada vez mais se fala na importância das “soft skills”, das qualidades de relacionamento e comprometimento com a comunidade e o planeta como itens importantes para o profissional do futuro. Com um pouquinho de ousadia, eu chamaria isto de “profissional espiritualizado”, consciente de sua missão divina no planeta. Mesmo que ele seja ateu, é claro, quando eu falo em todo mundo é todo mundo mesmo.
É claro que, em paralelo com isto, temos um aprofundamento do comportamento Neandertal nas redes sociais, no ódio e no sectarismo, mas isto também faz parte do pacote; afinal, é chegada a hora de separar o joio do trigo. Quem passa o tempo todo espalhando seu mau humor e sua raiva contra os semelhantes, além de se tornar muito desagradável, vai ter também suas oportunidades de trabalho muito reduzidas.
Citando o grande Lulu Santos, eu vejo um novo começo de era, de gente fina, elegante e sincera, com habilidade prá dizer mais sim do que não... Tenho certeza que São Paulo concordaria com ele.
Quem viver, verá.
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