segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Quem não se comunica...



Um dos poucos elogios que lembro de ter recebido ao longo de minha vida profissional foi com relação a uma suposta habilidade que eu possuiria de me “expressar bem”, ou "comunicar bem". Não sei se fui merecedor dos elogios mas posso dizer que sempre tive uma grande preocupação com isto; acho que uma boa capacidade de comunicação é, hoje, uma vantagem competitiva importante, principalmente depois que a internet tornou tudo praticamente instantâneo.

Tentando estabelecer alguns conceitos sobre o assunto, vamos começar do começo; não custa lembrar que o verbo “comunicar” vem do latim “communicare”, que significa “tornar comum”. Assim sendo, uma comunicação pode ser considerada eficiente quando todos conseguem chegar a um entendimento comum sobre um determinado assunto. E qual o segredo para que todos cheguem a este entendimento? É claro que eu não tenho a resposta, mas estabeleci para mim mesmo quatro mandamentos que compartilho com vocês (ninguém precisa concordar comigo, mas posso dizer que funcionam).

1 – Evitarás erros graves de português – todo mundo comete erros, mas tem certas coisas que são inaceitáveis. Até no LinkedIn (que, é um site de relacionamento profissional e, portanto, deveria ter um nível melhor do que blog de torcida de futebol, por exemplo) eu vejo coisas assustadoras, de vez em quando. Não custa nada prestar atenção na “hortografia” e “nas concordância” antes de enviar sua mensagem para o universo.

2 – Não complicarás a vida do teu próximo – tão ruim quanto um texto cheio de erros crassos é um texto confuso. Seja prático e objetivo, não misture fatos com opiniões, comece pelo começo e termine pela conclusão, que deve ser expressa de forma clara. Simples assim.

3 – Não enganarás o teu próximo – escrever bonito é para quem é do ramo, como Zuenir Ventura, Luis Fernando Veríssimo e outros deste calibre. Tem gente que adora inventar, enfia um “outrossim” no meio da frase, refere-se a si mesmo como “o signatário destas mal-traçadas” e por aí vai. Muito cuidado; o seu texto, que deveria ser profissional, pode ficar ridículo. Guarde as prosopopéias filosóficas para quando quiser impressionar as moçoilas assanhadas no Facebook.

4 – Respeitarás o saco alheio – texto bom é texto curto. Seja sempre conciso. Aliás, na verdade, este já está ficando muito longo para o meu gosto. Melhor parar por aqui.

Até o próximo post!