terça-feira, 10 de abril de 2018

"Jornalistas livres". Livres de quê?

Da velha e tradicional série “perguntar não ofende”;
Um grupo bastante ativo na internet em defesa das ideias de Lula e do PT é um que se intitula “Jornalistas Livres”.
Fiquei sabendo da existência do grupo quando um bom amigo me repassou um artigo em que eles tentavam provar, usando umas estatísticas meio esquisitas, que a fuga em massa de venezuelanos para o Brasil é uma mentira, inventada provavelmente por aquela rede de TV cujo nome, assim como o do vilão de Harry Potter, não deve ser pronunciado (só vou dar uma dica; é xará de uma agua sanitária e de um biscoito muito popular). Quem quiser conferir está lá (ver https://www.facebook.com/jornalistaslivres/posts/702692683187945).
Confesso que não acreditei nem um pouquinho nesta história, mas entendo que cada um tem o direito de mostrar as coisas do seu jeito afinal, conforme diz o senador da República e filósofo ocasional Romário Farias, “Falar, até papagaio fala”.
A dúvida que se instalou em meu espírito refere-se ao nome do grupo, “Jornalistas Livres”. Livres de quê, exatamente? Então existem “Jornalistas Presos” e ninguém me contou nada? Até onde sei, no Brasil, isto aconteceu nos tempos da ditadura militar, de memória nem um pouco saudosa. Hoje, este tipo de perseguição política só acontece em países como Cuba, Coreia do Norte e outros – cujos regimes, por estranho que pareça, parecem gozar da simpatia dos tais “Jornalistas Livres”... Freud deve explicar. Eu não sei, nunca li Freud.
Enfim, quero deixar clara a minha posição em favor de todos os jornalistas livres do Brasil, seja qual for a merda que eles falem!
Que se publique merda, que se leia merda, e que cada um selecione a merda que lhe convém. Só não vale jogar merda na cara dos outros.
Egalité, Fraternité, Liberté e Merdé. É o recado aqui do Hervé (rimou!)
Tenho dito.