segunda-feira, 6 de julho de 2015

Legalize já!

Da série “se está faltando ideia, eu tenho uma”;
Tenho muita dificuldade de entender porque os cassinos e jogos de azar são proibidos no Brasil. A lei foi assinada pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra, em 1946 (ou seja, vai fazer 70 anos em 2016), e, dizem os mais antigos que eu, atendia a um apelo da esposa dele, senhora católica devota que via baralhos e roletas como instrumentos do demônio para destruir a família. Não sei se isto é verdade ou não, mas o fato é que os cassinos são permitidos em quase todo o mundo civilizado, de Mônaco ao Paraguai, representando impostos, atração turística e geração de empregos.
Pesquisei sobre o assunto e descobri que existe um projeto de lei com esta proposta circulando no Senado (o número é 186/2014, se alguém quiser fazer uma fezinha no bicho, rsrs), e seu autor é o senador Ciro Nogueira (PP-PI). O projeto está encalhado há mais de um ano em uma daquelas subcomissões feitas especificamente para atrapalhar toda e qualquer mudança que se queira fazer neste País.
Catei alguns números interessantes na internet (não me responsabilizo por eles, mas achei razoáveis), que me parecem mostrar, com toda a certeza que, num momento de crise como o atual, a aprovação deste projeto ajudaria a nossa trôpega economia a dar alguns passinhos para frente. Os números são;
- O jogo só é considerado ilegal em cerca de 30 países no mundo. E quase todos eles são dominados pelo fundamentalismo islâmico. Mesmo assim na Turquia e no Egito, países de maioria muçulmana, os cassinos funcionam normalmente.
- O jogo ilegal movimenta algo em torno de R$ 18 bilhões por ano no Brasil;
- O número de empregos diretos que seriam gerados em todo o território nacional é estimado em cerca de 300 mil;
- Apenas no fim de semana em que foi realizada a luta entre Floyd Mayweather e Manny Pacquiao, circularam pela cidade de Las Vegas cerca de 2 bilhões de dólares!
Junte-se a isto a beleza natural de várias cidades deste Brasilzão imenso, e estou certo que teríamos muito lucro com esta pequena mudança na lei (que, repito, não tem nada de inédito; funciona no mundo inteiro). Argumentos contrários lembram que cassinos estão, muitas vezes, associados a fraudes, drogas e prostituição (coisas que, na visão deles, não existem no Brasil hoje). Outros falam que o vício do jogo pode destruir famílias (se for assim, temos que proibir as bebidas alcoólicas, corridas de cavalo, e mais não sei o quê). Eu acho que, pelo menos do ponto de vista estatístico, a legalização do jogo não aumentaria significativamente os problemas que já temos hoje.
Resumindo; a ideia é simples, comprovada, e tem futuro. Como diria Caetano Veloso, na sua imortal “Alegria, alegria”; Por que não? Por que não?

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