quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Os “Trumpistas enrustidos” enganaram as pesquisas. Pode acontecer o mesmo com Bolsonaro...

Às vésperas da última eleição americana, todos os institutos de pesquisa de lá indicavam a vitória de Hillary Clinton sobre Donald Trump. A margem era estreita, mas garantida. Na hora da verdade, todo mundo sabe o que aconteceu; o topetudo escroto derrotou a princesinha do politicamente correto, para horror da plateia. E o mais incrível é que o governo dele, apesar dele, está dando certo; pelo menos a economia (que é o que conta), vai muito bem.
Li, não sei onde, uma teoria que me pareceu bem consistente; a repulsa histérica que cercava o nome de Donald Trump era tão grande que boa parte de seus eleitores omitia a sua escolha até para os pesquisadores e estatísticos. Como cantava a grande Amália Rodrigues, em um fado inesquecível, “de quem eu gosto, nem às paredes confesso...”. Pois os eleitores de Trump não confessavam, mas, na solidão da cabine, viraram o jogo.
Creio que o fenômeno pode se repetir com Bolsonaro. As reações a seu nome são histéricas e, muitas vezes, beiram o irracional. É claro que existem os que assumiram sua opção, sem medo do linchamento moral; são os vinte e tantos por cento do eleitorado que, praticamente, asseguram sua presença no segundo turno.
E é exatamente no segundo turno, onde Bolsonaro sempre aparece como perdedor, que eu vejo o fantasma do “eleitor enrustido”; afinal, é muito menos perigoso para a vida social de alguém dizer que vota em qualquer um, menos nele, do que assumir algo do tipo “se for para eleger um coronelão que nem o Ciro, aí vou de Bolsonaro e f(*)-se!” (isto vale para Marina, Alckmin, Haddad ou até o Lula, se acontecer ainda).
Resumindo; acho que a chance de Bolsonaro ganhar o segundo turno é muito maior do que se pensa. E tenho certeza que a maneira mais burra de combatê-lo é xingando os seus eleitores.
Quem viver, verá.

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