domingo, 16 de setembro de 2018

As eleições e a triste escolha que vamos ter que fazer

Faltando três semanas para a eleição presidencial, as projeções das pesquisas ainda são nebulosas para o provável segundo turno. Bolsonaro vai estar lá, é quase certo, mas contra quem?
Neste ponto, entendo que cabe uma reflexão. A rejeição ao nome de Bolsonaro é histérica, mas eu – que não sou simpatizante dele, quero deixar claro – acho que chegou a hora de pensar de forma prática e objetiva, deixando preconceitos de lado.
Tive a pachorra de ouvir algumas falas do “Mito” – não deixa de ser um exercício de paciência, muitas vezes – e tirei uma conclusão; ele é realmente grosseiro, fã de torturadores, mas é preciso admitir que, em mais de vinte anos de vida pública, não pesa contra ele ou seus filhos qualquer acusação consistente de corrupção ou enriquecimento ilícito. E também jamais disse que pretende voltar com a ditadura militar ou algo parecido.
Já os partidos que chamaríamos de “esquerda” (PT e seus genéricos), deixam claro que seu primeiro ato, caso eleitos, será rasgar a constituição, achincalhar o Judiciário e tirar da cadeia Lula e os amiguinhos que estão presos por roubo e corrupção. Controlar a mídia e a liberdade de expressão não está descartado. Enfim, é a revanche do AI-5; quem é da nossa gangue pode tudo, e aí dos subversivos que quiserem salvar o Brasil de outro jeito! Ora, o nome técnico disto é ditadura. Tão ignóbil quanto a dos militares.
Resumindo, é quase certo que teremos que escolher entre um dos demônios acima. Sim, existe o Ciro Gomes, mas este pode ser o pior dos mundos; um cara tão grosseiro e destemperado quanto Bolsonaro, e com uma sede de poder que talvez o leve a aceitar a ideia de indultar Lula em troca dos votos da “esquerda”. É o que penso dele, posso estar errado.
Enfim, salvo novas facadas, canetadas ou intervenções divinas, este é o quadro. Não é grande coisa, mas é o que temos para o momento.
Que Deus ilumine a nossa escolha...

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