sexta-feira, 1 de julho de 2016

DECISOES POR PÊNALTIS NÃO SÃO JUSTAS. E EU TENHO UMA PROPOSTA PARA ACABAR COM ISTO

Um dos grandes problemas dos torneios de futebol nos últimos anos tem sido o número exagerado de decisões por pênaltis. Desde sempre, os torneios tipo mata-mata (ou seja, aqueles em que o jogo tem que ter um vencedor) sempre previam a existência da prorrogação no caso de empate no tempo normal, e a premissa era que, em trinta minutos extras de jogo, alguém faria um gol e decidiria a parada.
Este sistema funcionou muito bem durante um bom período de tempo, mas o problema é que as técnicas e táticas do futebol foram cada vez mais privilegiando a defesa, de forma que, de uns tempos para cá, as prorrogações raramente têm gols, e o jogo acaba indo para a decisão por pênaltis.
Só para contextualizar historicamente o que estamos falando, em termos de Copa do Mundo, a primeira decisão por pênaltis ocorreu na semifinal de 1982, quando Alemanha e França empataram no jogo e na prorrogação. De lá para cá temos tido decisões por pênaltis em todas as fases de todos os torneios mata-mata do mundo (Eurocopa, Copa América, Libertadores, Copa do Mundo e todos os outros).
O problema é que a decisão por pênaltis é uma coisa totalmente divorciada do jogo de futebol em si. E pode ser muito injusta. Se tomarmos as duas últimas finais de Copa América, por exemplo, o Chile bateu a Argentina duas vezes nos pênaltis, após 240 minutos sem um golzinho sequer, de parte a parte. Será que não teria um jeito de obrigar estes caras a jogar para frente e fazer gols?
Minha sugestão é simples; aplicar, para a prorrogação, regras diferentes das utilizadas para o jogo em si. Algo parecido com o que já se fez no vôlei e no tênis; o tie-break.
Seriam, basicamente, duas mudanças simples e, repito, que valeriam apenas para a prorrogação;
a) Na prorrogação não existiria mais a figura do impedimento. A única coisa que é proibida é o atacante ficar parado dentro da área, esperando a bola e atrapalhando a ação do goleiro.
b) Toda e qualquer falta que seja feita propositalmente, para parar um lance de ataque, será cobrada da meia-lua da área, sem barreira (chance de gol quase tão boa quanto um pênalti).
A ideia é facilitar a vida dos jogadores e times habilidosos e ofensivos. Sem impedimento, a área para troca de passes aumenta; e a segunda regra obrigaria os defensores a pensar duas vezes antes de fazer uma falta para “matar a jogada longe do gol”. Outro detalhe importante é que os bandeirinhas, sem a necessidade de observar os impedimentos, poderiam auxiliar mais ainda os juízes na marcação das faltas.
Enfim, sem mudar muito as regras, acho que teríamos prorrogações emocionantes, proporcionando muitas oportunidades de gol. E o jogo seria decidido de uma forma mais justa, privilegiando quem ataca mais e melhor. Podia dar certo...

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