Da série “falar em perdão numa hora destas?”
Li hoje que um dos terroristas suicidas que causaram centenas de mortes em Paris na triste sexta-feira 13 era francês e tinha 29 anos. E lembrei de meu conterrâneo Lupicínio Rodrigues; “Estes moços, pobres moços, ah se soubessem o que eu sei...”.
Maior que a indignação, o ódio e o desejo de vingança, na minha visão, tem que ser a reflexão que a civilização ocidental deve fazer neste momento sobre onde é que NÓS erramos. Porque não se pode esperar que o lado das trevas faça isto; eles só querem a volta à Idade Média, só que agora com fuzis e explosivos sintéticos (que foram desenvolvidas pela ciência do lado da “luz”, diga-se).
O que precisa ocupar nossos pensamentos não é apenas o desejo de exterminar todos estes fanáticos do planeta; mas sim procurar entender o que leva um sujeito de vinte e poucos anos, vivendo em um lugar decente, que lhe proporciona todas as oportunidades, a fazer a opção pelo suicídio “glorioso” levando consigo um monte de inocentes.
Combater o terror é a prioridade do mundo; sem dúvida, ervas daninhas tem que ser contidas antes que tomem conta do jardim. Mas é preciso ir além e buscar a explicação para este fenômeno. Porque tantos jovens estão, usando as palavras do já citado poeta gremista, “deixando o céu por escuro e descendo ao inferno, à procura de luz”?
Li, em algum lugar, que a grandeza de uma religião não se mede pelo número de pessoas que ela exclui, mas sim pelos que ela é capaz de incluir. Quando Jesus falou “Ama teu próximo como a ti mesmo”, a frase acabou ali, ele não acrescentou algo do tipo “desde que ele pense do mesmo jeito que você”. A boa religião é a que te faz mais doce, paciente e disposto a aceitar o próximo, por mais difícil que isto possa parecer. Infelizmente, não é o que acontece com as religiões de hoje, mesmo as consideradas “civilizadas”. Talvez aí esteja a origem do problema.
Eu sei que é difícil, mas peço hoje um momento de oração por estes moços que se perderam no caminho e, num instante de fraqueza, perpetraram tanta barbárie contra os outros e contra si próprios. E que Deus nos dê a luz necessária para que possamos achar a solução definitiva para este mal. Que passa muito mais pela compreensão e pela inclusão do que por mais preconceito e violência, tenho certeza.
domingo, 15 de novembro de 2015
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Querido Herve, concordo que precisamos orar pelas vitimas deste atentado na França. Mas é necessário um reposicionamento urgente contra estes radicalismos destes terroristas que veem a sociedade ocidental como uma ameaça. Temos assistido passivamente estes "falsos muçulmanos""invadirem a Europa e tentarem impor os seus princípios. Ao invés de "acolher"esta turma de tem vindo da Siria e África, deveria-se pensar em ajudar para que fiquem em seus países de origem !!!!
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