segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Hoje sou um gremista feliz - minha teoria sobre o perfil psicológico de Ronaldinho

Pessoal; tenho mania de dar palpite em tudo, principalmente sobre futebol. E tenho um santo ódio de teorias conspiratórias. Assim, ao ler hoje o excelente blog de André Kfouri, no Lancenet, onde ele comenta a rodada do Brasileirão salientando, naturalmente, a extraordinária vitória do meu Grêmio em cima do Flamengo e, principalmente, a vingança contra o Ronaldinho (que eu não admito mais que seja chamado de gaúcho), resolvi participar do debate. E fiquei impressionado ao ver um leitor tentando associar a "bronca" dos torcedores gremistas com o R10 do Flamengo a uma atitude racista. Minha resposta (postada lá) foi a seguinte;

Antes que criem uma nova teoria conspiratória; ver racismo na atitude da torcida do Grêmio contra R10 é alucinação pura. Contando a história desde o início, R10 perdeu o pai cedo e, pelo que parece, o irmão mais velho (que, com seu talento, conseguiu dar à família uma boa condição financeira) assumiu a condição de dono da sua vida. Roberto Assis foi um grande jogador, mas ao ver a joia que tinha em casa, transformou-se num negociante muito pouco ético, para dizer o mínimo. O Grêmio foi enganado por ele duas vezes; nas negociações com o PSG e na volta ao Brasil.
Na verdade, Roberto Assis parece ter tirado do irmão todo e qualquer poder de decisão sobre a própria vida; é por isto que, aos 31 anos, R10, fora do campo, tem atitudes quase infantilóides (só quer saber de festas, nunca teve uma namorada fixa, só fala frases óbvias e, mesmo no episódio em que teriam descoberto um filho seu, nunca abriu a boca para dizer nada).
Assim, a explosão de ódio da torcida do Grêmio (que, tirando por um ou outro exagero, até que manteve um nível razoável para uma torcida de futebol), era uma reação normal e previsível, fosse R10 branco, negro, amarelo ou verde.
Para terminar, um tema para conversa de botequim; será que toda esta alienação não atrapalhou a carreira do R10? Digo isto porque, em quase todas as ocasiões em que ele foi desafiado e precisou daquele “algo mais” que diferencia os "heróis" dos que são apenas "grandes" (raça, poder de decisão, superação) ele fracassou. Ficando apenas em alguns exemplos, temos a Olimpíada de 2000, Copa de 2006, final do mundial da FIFA contra o Inter, e, pelo Flamengo, Copa do Brasil contra o Ceará, Sulamericana contra LaU, e até este jogo com o Grêmio, onde, no segundo tempo, ele se acomodou visivelmente. Fico imaginando como reagiriam Romário e Pelé numa situação destas; tenho quase certeza que dariam o seu máximo para vencer e calar a boca dos adversários, eles cansaram de fazer isto. Resumindo; acho R10 o jogador com maior potencial técnico que vi jogar, desde Pelé. Mas, ao contrário do Rei, ele parece ser um homem fraco e sem vontade. Por isto eu temo pela ideia de Mano Menezes de coloca-lo como “líder” na seleção brasileira... mas isto é outro papo.

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