sábado, 5 de março de 2011

SUCESSO E FRACASSO - O PARADIGMA BRASILEIRO

Resolvi escrever esta historinha a partir de uma tirinha genial que foi publicada no jornal "O Globo" de domingo passado (27/02). O autor chama-se Bruno Drummond, e, para mim é um dos mais brilhantes cartunistas do Brasil. E a história tem tudo a ver com algumas coisas que gosto de falar em minhas aulas, sobre a influência da cultura e dos valores de um grupo nos resultados obtidos. E o Brasil, sem dúvida, é um País com uma cultura e valores muito próprios...
Vamos à historinha;

A mulher chega em casa com cara de poucos amigos. Na verdade, seu semblante é a personificação da chamada “Dona Encrenca”. O marido está respondendo um e-mail do filho e nem percebe que ela está à beira de um ataque de nervos. Os dois estão na faixa etária dos quarenta e muitos, quase cinquenta.
Muito feliz, o marido fala;
- Ainda bem que você chegou! Olha que boa notícia; o Júnior disse que a tese de doutorado que ele está concluindo na Alemanha vai ser publicada em uma revista científica europeia...
Mas a mulher não que saber de sorrisos;
- Sabe quem eu encontrei agora? A Carmen, nossa colega de faculdade, lembra dela?
- É claro que lembro... só que a gente não se vê há uns dez anos. Lembro que ela tinha uma filha pequena, a Suellen... que hoje deve estar com uns vinte anos, mais ou menos...
- Pois é. O problema é este. Nós começamos a falar dos filhos. Eu nunca fui tão humilhada na minha vida! (neste momento, o marido repara que a mulher está a um passo da histeria total).
- Mas porque?
- Pois é. Eu falei para ela que o Júnior se formou em Física Nuclear, e está fazendo doutorado na Alemanha, que a Nanda é engenheira ambiental e dá aulas em diversas faculdades, além de ser consultora de empresas na área...
- E aí?
- Aí eu perguntei sobre a Suellen. Ela deu uma risadinha cínica e perguntou; você não tem televisão em casa, baby?
- A Suellen está na televisão?
- Na TV, na internet, na mídia toda... Você lembra do último “Big Brother”?
- Sei lá. Devo ter visto uma ou duas vezes...
- Lembra de uma menina conhecida como “Su”, que aprontou todas?
- Acho que sim... não é uma que, na mesma festa, beijou dois rapazes e duas meninas, depois se jogou nua na piscina, e quando foi eliminada ainda deu uma lambida na orelha do Pedro Bial?
- Ela mesma... Pois é a Suellen! E não parou por aí; ela apareceu no Faustão, na Luciana Jimenez, já fez três ensaios eróticos para revistas masculinas, saiu como destaque em duas escolas de samba, namorou vários jogadores de futebol e agora parece que está grávida de um cantor sertanejo de sucesso!
- Meu Deus!
- E os nossos filhos... físico nuclear, engenheira ambiental... que coisa mais sem graça!
- Fracasso total...
O casal se abraça, chorando;
- Onde foi que nós erramos?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PARA QUE A TRAGÉDIA NÃO TENHA SIDO EM VÃO...

Tenho uma pequena casa de veraneio em Teresópolis, exatamente no Parque do Imbuhy – um dos bairros mais atingidos pela tragédia. Por pura sorte, nem eu nem nenhum membro de minha família estava lá naquele dia, e por mais sorte ainda fiquei sabendo que minha casa praticamente não foi atingida. Assim sendo, embora não tenha praticamente nada a lamentar do ponto de vista pessoal, o convívio de quase uma década com as belezas naturais e o povo desta linda cidade fez com que eu sentisse a dor desta tragédia com muita intensidade. Preocupado com o futuro desta terra que, de certa forma, também é minha, lembrei de uma pequena história que costumo usar em minhas aulas sobre gerenciamento de projetos e que, neste momento, pode ser preciosa para a nossa orientação.
Dizem que passado o terremoto de Lisboa (1755), o Rei perguntou ao General o que se havia de fazer.
Ele respondeu ao Rei: 'Sepultar os mortos, fechar os portos e cuidar dos vivos'.
Essa resposta simples, franca e direta tem muito a nos ensinar.
Sepultar os mortos significa que não adianta ficar reclamando e chorando o passado. É preciso 'sepultar' o passado. As marcas, a saudade, o respeito, tudo isto fica; mas não adianta mais chorar. Isto inclui a inútil busca por culpados, neste momento. Tenho certeza que nunca mais vou ficar olhando pela janela de minha casa, contemplando o espetáculo das montanhas iluminadas pelo sol da manhã com a mesma despreocupação de antes, mas é preciso conviver com isto.
Fechar os portos significa não deixar as 'portas' abertas para que novos problemas possam surgir ou 'vir de fora' enquanto estamos cuidando e salvando o que restou do terremoto de nossa vida. Significa concentrar-se na reconstrução, no novo. E não deixar que algum dia, isto se repita. E isto tudo nos leva à terceira frase, a mais importante de todas.
Cuidar dos vivos significa que, depois de enterrar o passado, em seguida temos que cuidar do presente. Cuidar do que sobrou, e dos que sobraram. E o primeiro passo é o aprendizado. Porque deixamos a coisa chegar onde chegou? Podemos xingar os políticos, estes safados, corruptos, mas quem elege estes caras? O que cada um de nós pode fazer melhor daqui para diante? O nome mais simples deste processo é EDUCAÇÃO. Não só no sentido de educação formal, mas principalmente de criar uma cultura diferente nos nossos relacionamentos diários; prestar mais atenção aos outros, ser solidário, participar mais das decisões referentes à nossa comunidade. Apenas dar de ombros e dizer que “o Brasil é assim mesmo e não vai mudar nunca” é muito fácil. E covarde. Se voltarmos a fazer as coisas do mesmo jeito que sempre fizemos, os resultados serão sempre os mesmos, não é preciso ser um gênio para entender isto.

É assim que a história, a mestra da vida, nos ensina. Que a dura lição que a força da natureza nos impôs não seja esquecida. E que, caso ocorra um novo fenômeno parecido, que desta vez nós estejamos muito mais preparados para enfrenta-lo. Depende só de nós.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Projetos dos times brasileiros em 2010 – quais foram os clientes felizes?

No início do campeonato brasileiro de 2010, escrevi um “post” fixando as metas dos clubes para o ano. Agora é hora da prova final. Recordando, dividi os clubes em quatro grupos (ver abaixo). Na época ainda não haviam sido definidas as finais da copa do Brasil e da Libertadores (os clubes marcados com (*) ainda disputavam). Conforme sabemos, o Inter foi campeão da Libertadores e o Santos da Copa do Brasil. A nossa previsão era esta;

Grupo A – Internacional(*), São Paulo(*), Cruzeiro, Santos(*)
Objetivo do projeto; Ser campeão

Grupo B – Grêmio, Corinthians, Atlético-MG, Flamengo
Objetivo do Projeto; Vaga na Libertadores

Grupo C – Avai, Fluminense, Botafogo, Vasco, Vitória(*), Palmeiras, Atlético-PR
Objetivo do projeto; Vaga na Sulamericana

Grupo D – Goiás, Atlético-GO, Grêmio Prudente, Guarani, Ceará
Objetivo do projeto; escapar do rebaixamento

Hoje, acho que podemos classificar os clientes (torcedores) no seguinte “ranking”;

Ultra-mega-feliz – Fluminense (sem comentários);
Muito feliz – Grêmio (obteve a vaga na Libertadores de forma espetacular, e ainda viu o Inter pagar mico no Mundial de Clubes);
Satisfeitos – Cruzeiro, Corinthians, Santos (campeão da Copa do Brasil, fez um Brasileirão meia boca), Ceará, Atlético-GO, Atlético-PR, Botafogo, Palmeiras, Avaí. Estes times fizeram mais ou menos o papel esperado.
Insatisfeitos – São Paulo e Vasco (campanhas decepcionantes), Goiás, Guarani e Grêmio Prudente (rebaixados)
Muito insatisfeitos - Atlético-MG e Flamengo (quase rebaixados, escaparam na última hora), Vitória (afundou no segundo semestre e acabou rebaixado).
Restou o torcedor do Internacional, que viveu, em um ano, duas sensações muito distintas; depois de comemorar a conquista de sua segunda Libertadores em menos de cinco anos (coisa que só o Santos de Pelé e o São Paulo conseguiram até hoje), viu o time fazer uma péssima campanha no Brasileiro e, no fim do ano, conseguir o “feito” inédito de perder para um time africano no Mundial da FIFA. Do infinito ao zero em um ano. Fiquei em dúvida sobre como classificá-lo, mas tenho certeza que a decepção foi maior que a satisfação.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

E LÁ VEM ELES COM AS COTAS. DE NOVO...

Li hoje, na coluna do Ancelmo Goes, que Frei David dos Santos, descrito como “um grande batalhador da causa afrodescendente no Brasil”, teria escrito uma carta à futura Presidente Dilma Rousseff, pedindo um ministério com 30% de negros e 30% de mulheres.
Não conheço o Frei David dos Santos, mas já descobri que temos um ponto em comum, uma vez que eu sempre fui simpático à causa dos afrodescendentes (e também das mulheres, homossexuais e discriminados de uma forma geral), mas acho que esta criação de “cotas percentuais” é, seguramente, a forma menos adequada de solucionar o problema.
A premissa básica para a adoção de um sistema de cotas (seja ele qual for), é defender alguém que não conseguiria obter um determinado posto em função das suas limitações. Esta premissa é obviamente falsa, tanto com relação aos negros como quanto às mulheres. E acaba por criar uma espécie de preconceito às avessas, ao facilitar a vida de determinados grupos em detrimento de outros.
Ninguém pensa em criar uma cota para brancos na seleção brasileira de futebol ou uma cota para baixinhos na seleção de vôlei (imagino como reagiriam Mano Menezes e Bernardinho a este tipo de proposta). E um ministério, embora ninguém no Brasil ligue muito para isto, é uma espécie de seleção brasileira, onde os cargos devem ser preenchidos única e exclusivamente em função da competência e do mérito de cada um para exercer o cargo.
Neste ponto, a proposta de Frei David é tão indecente quanto o fisiologismo dos partidos políticos, que trocam apoio por “cotas” no poder executivo ou nas estatais.
Resumindo, tenho uma proposta simples; quem sabe a Presidente Dilma não assume um estilo totalmente inovador e nomeia o seu ministério (e, de quebra, todos os postos executivos de estatais e empresas públicas) baseando-se, unicamente, na competência das pessoas, sem levar em conta raça, sexo, partido político ou qualquer outro critério? Não sei qual seria o percentual que tocaria para cada um, mas tenho certeza que teríamos negros, brancos, mulheres, homens, homossexuais, jovens e velhos, e a coisa funcionaria perfeitamente integrada. Porque tenho certeza que a única coisa capaz de salvar este País é a valorização da competência, em todas as áreas de conhecimento. E, infelizmente, a adoção de sistemas de cotas (sejam eles quais forem) sempre será um entrave para este processo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Planejamento familiar; um assunto para ser levado a sério

A nova pesquisa de IDH feita pela ONU e divulgada ontem não apresenta qualquer surpresa para nós, brasileiros; melhoramos um pouquinho, mas continuamos devendo (muito) na área de educação. E não é preciso ser muito esperto para entender que um País que fracassa nesta área está plantando o seu fracasso para o futuro. Ou seja; tudo o que foi conseguido de bom na área econômica nos últimos anos (procurando ser justo, temos que reconhecer como grandes avanços a estabilidade econômica de FHC e o desenvolvimento e melhor distribuição de renda do Lula); só que tudo isto corre o risco de se reduzir a pó nas próximas décadas se não for resolvido o grande nó da educação neste País.
E nesta hora não há como ignorar a importância do planejamento familiar (ou controle de natalidade, conforme queiram chamar). É impressionante o tabu que cerca este assunto. Chega a ser estranho ver como todo mundo fica impressionado com os resultados obtidos nas últimas décadas pela China e a Índia, e quase ninguém lembra que tudo começou com programas agressivos de controle de natalidade impostos pelos respectivos governos lá pelos idos de 1970, mais ou menos. Um simples raciocínio matemático nos mostra que, se não fosse por este controle, hoje a China, ao invés de ter uma população de 1,6 bilhão de habitantes vivendo um crescimento econômico exponencial teria, provavelmente, uns três bilhões, com pelo menos metade deles vivendo na miséria absoluta. O mesmo raciocínio vale para a Índia, e até para a minúscula Cingapura, uma cidade-estado de míseros seis milhões de habitantes, que hoje é uma das líderes mundiais em competitividade, e um dos melhores IDH do Mundo (só para citar um exemplo; boa parte das plataformas de petróleo da Petrobras são montadas lá). Cingapura, para quem não sabe, também estabeleceu regras rígidas de planejamento familiar na mesma época em que chineses e indianos.
O raciocínio é simples e lógico; se soubermos quantas crianças vão nascer nos próximos vinte anos, podemos estimar quantas escolas e quantos professores serão necessários, quais as especialidades que serão requeridas, e por aí vai. Isto se chama planejamento; e todo mundo sabe que ninguém chega a lugar nenhum sem planejamento. Não é preciso ser um gênio para entender que é muito mais fácil resolver o problema de escola, comida e emprego para dois mil jovens do que para cem mil.
Se a Presidente Dilma quiser marcar sua passagem pelo poder como uma verdadeira estadista, acho que é hora de deixar de ouvir seus marqueteiros, e tomar uma ação firme nesta área. A favor do controle de natalidade existem exemplos e argumentos sólidos; contra ele, alguns tabus religiosos e, por incrível que pareça, uma crença existente em boa parte do nosso povo que associa a capacidade de procriar à virilidade do homem (eu juro que já ouvi isto mais de uma vez). É hora de lançar luz sobre a questão, e espantar a treva da ignorância. As futuras gerações de brasileiros agradecerão.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Eu tive um sonho (que Martin Luther King me perdoe...)

Estava assistindo o debate entre os dois candidatos, dormi e sonhei...
Sonhei que o debate era entre dois candidatos de verdade, não produtos de marketing, vendidos como sabonete ou pasta de dentes...
Sonhei que neste debate se discutiam ideias relevantes, planos de governo, e não se a Dilma foi guerrilheira ou se a mulher do Serra fez um aborto...
Sonhei que Lula, o nosso primeiro mandatário, o líder máximo da nação, se portava como tal e, equidistante, dizia sobre a eleição; eu apoio minha candidata, mas tenho tarefas mais importantes na minha agenda do que tratar da eleição dela...
Sonhei também que as empresas estatais eram dirigidas por funcionários de carreira, escolhidos por sua capacitação técnica, e que estas empresas ficavam totalmente afastadas de todo o processo eleitoral...
Mais importante que tudo isto, sonhei que questões como união entre homossexuais, aborto e otras cositas mas eram tratadas estritamente sob o ponto de vista legal, sem interferência de fanatismos ou obtusidades religiosas...
Mais ainda; sonhei que o debate era totalmente político, e nenhum dos lados estava interessado em apesar o outro como “menos cristão”, ou ainda, “do demônio”...
Mas a melhor parte do sonho foi quando consegui imaginar que o povo brasileiro estava realmente interessado nas propostas dos candidatos, e assistia ao debate de forma ordeira e civilizada, preparando-se para eleger apenas mais um Presidente, em uma sucessão normal em um processo democrático, e não um novo Messias, propondo-se a reinventar o País, como fazemos a cada nova mudança...
O azar é que eu acordei. Exatamente a tempo de ouvir a candidata teleguiada psicografando seu mestre e dizendo, mais uma vez, “nunca na História deste País...”.
Recado final; a diferença entre um País sério e o nosso é que os outros não se reinventam a cada quatro anos. Lá existe um negócio chamado “processo democrático”, em que o poder se alterna, civilizadamente, e é perfeitamente possível e aceitável que os novos governantes reverenciem e deem continuidade ao trabalho de seus antecessores, independente do partido político ao qual sejam filiados. Mas isto talvez seja muito sonho pro nosso bico... E viva o Tiririca! (Aliás, perdão; Vossa Excelência, o Deputado Tiririca)!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Lula ganha um tempo para decidir entre o bem e o mal

O resultado do primeiro turno das eleições presidenciais representou uma dura derrota para o Presidente Lula. Ele apostou pesado que o seu carisma e a aprovação maciça de seu governo seriam suficientes para destroçar qualquer adversário – e perdeu feio. É claro que Dilma continua favorita, e deve se eleger naturalmente, mas o fato é que Lula teve que aprender que não era o senhor absoluto da vontade do povo brasileiro, e isto deve ter sido frustrante para o seu recente surto megalomaníaco. Na semana passada ouvi uma piadinha que dizia que a diferença entre Chavez e Lula era que Chavez achava que era Deus, e o Lula tinha certeza que era. Hoje, acredito que Lula acordou mais humano.
E espero que esta ressaca faça bem a ele. Porque não tenho a menor dúvida que Lula, pelo seu carisma, inteligência e história de vida tinha tudo para ser o grande líder que o Brasil precisava para finalmente sair do estado emergente para o de nação de primeira linha. Só que o que diferencia os grandes líderes dos meros caudilhos é justamente a grande visão, o sonho; “I have a dream”, dizia o grande Martin Luther King. Líderes de verdade sempre colocam o interesse das nações e dos povos acima dos seus; este foi o caminho de Gandhi, Luther King e Mandela, por exemplo. Só que Lula se deixou embriagar pelo poder (sem duplo sentido, por favor), e trocou a grande mudança pela eleição de sua candidata. Com isto, deixou a posição de condutor do processo (que, afinal, é a que cabe ao Presidente da República em um regime democrático) e virou um cabo eleitoral fanático, muitas vezes grosseiro e autoritário. Diga-se, em tempo; neste aspecto, ele ficou muito abaixo de seu antecessor, o tão criticado FHC, que portou-se como um verdadeiro lorde inglês no processo de transição democrática entre ele e o então opositor Lula, em 2002.
Assim, Lula não hesitou em aliar-se aos seus antigos inimigos e, inteligente que é, aprendeu rápido, e passou a agir como eles, acobertando casos evidentes de corrupção, culpando a imprensa por denúncias, enfim, trocou tudo o que poderia fazer de bom e construtivo para o Brasil por um projeto pessoal de poder eterno, acreditando que, ao contrário do que pregava o velho e bom Abraham Lincoln, poderia enganar todo o povo durante todo o tempo.
Hoje a conta chegou. A festa teve de ser adiada. E espero que Lula aproveite este intervalo entre o primeiro e o segundo turno para repensar a sua posição. E assumir o papel que está reservado para ele na história do Brasil; o de líder de uma grande mudança. A outra possibilidade é ser apenas mais um caudilhozinho latino americano, soltando bravatas e tentando convencer o povo que ele é o Senhor e Dilma a sua profeta. Ele decidirá o caminho a tomar; e o tempo, o implacável senhor da razão, vai julgá-lo. Que Deus o ilumine para que tome o rumo certo.